Quase vida
Aquele dia em que eu cheguei uma hora mais tarde eu quase encontrei você ali. Você estava parado, sentado sozinho e a gente quase conversou, a gente quase se apaixonou, ali mesmo, naquele lugar aonde eu quase cheguei. Decidimos ir para o parque e eu, afobada, quase morri atropelada, quase mesmo. Se eu realmente tivesse chegado naquele lugar (foi por uma questão de quase) você, no caminho do parque, teria me segurado forte evitando assim o meu atropelamento e a minha quase morte. O parque estava quase pára fechar. Então entramos e não saímos. Por lá, ficamos. Por um momento, eu juro, você quase disse que me amava. Culpa do vinho que, de garrafas vazias, já tinham quase quatro. Culpa dele também foi o nosso papo sobre quantos quases podem existir em uma vida. Deitados, quase abraçados, quase namorados, pensamos. Quantos quases? Mas nem você, nem eu, a gente nunca sabe. Por que o que não deve ser é apenas, quase.
15 Comments:
Que lindo isso Luiza. Adorei. Tem ritmo. É autobriográfico?
Ei Júnior. Se é autobiográfico eu não sei... Os quases não existem!
Quase me senti nessa montanha-russa da terra do nunca.
Ei, visitei aqui e volto!
Vou te lincar lá pro meu!, ok?
Abraço!
Luv querida! como sempre se superando. Mais um p/ minha coleçao de quadros!!!!
bjao, Parabens!!!
Oi Luiza, cheguei aqui pelo "Favoritos", um blog delicioso. Mas que bonito é o "Zoom"! Como você consegue manter dois trabalhos tão distintos ? Parabéns, vou licar o Favoritos no meu blog. Um beijão!
muito bom esse texto. parabéns.
E uma vez eu quase perdi o contato com uma Mulher fantástica. Quase não peguei o e-mail da amiga dela... E viver de quases é quase a maior tristeza que alguém pode ter. Sorte que foi só quase... Parabéns pelo seu blog. Virei mais.
Jéferson Pelé.
Este comentário foi removido pelo autor.
Este comentário foi removido pelo autor.
Oi Quase-Cunhada.....rsrs
Amandinha me recomendou seu blog...
ADOREI!
A partir de agora, venho sempre... pode?rs
BEijo
Oi Ana!!
A.do.rei a sua visita!!
Vc vai perceber que não escrevo com muita frequência aqui, mas pode visitar sempre,vc é muito bem vinda.
Beijo!!
Olá Luiza. Passando por aqui, li seu post e lembrei-me deste magnífico poema de Mário de Sá Carneiro - QUASE. Conhece?
Aqui fica o poema, com um beijo e um convite para visitar o meu blog também.
Ana
QUASE
Um pouco mais de sol - eu era brasa,
Um pouco mais de azul - eu era além.
Para atingir, faltou-me um golpe de asa...
Se ao menos eu permanecesse aquém...
Assombro ou paz? Em vão... Tudo esvaído
Num grande mar enganador de espuma;
E o grande sonho despertado em bruma,
O grande sonho - ó dor! - quase vivido...
Quase o amor, quase o triunfo e a chama,
Quase o princípio e o fim - quase a expansão...
Mas na minh'alma tudo se derrama...
Entanto nada foi só ilusão!
De tudo houve um começo ... e tudo errou...
- Ai a dor de ser - quase, dor sem fim...
Eu falhei-me entre os mais, falhei em mim,
Asa que se enlaçou mas não voou...
Momentos de alma que, desbaratei...
Templos aonde nunca pus um altar...
Rios que perdi sem os levar ao mar...
Ânsias que foram mas que não fixei...
Se me vagueio, encontro só indícios...
Ogivas para o sol - vejo-as cerradas;
E mãos de herói, sem fé, acobardadas,
Puseram grades sobre os precipícios...
Num ímpeto difuso de quebranto,
Tudo encetei e nada possuí...
Hoje, de mim, só resta o desencanto
Das coisas que beijei mas não vivi...
Um pouco mais de sol - e fora brasa,
Um pouco mais de azul - e fora além.
Para atingir faltou-me um golpe de asa...
Se ao menos eu permanecesse aquém...
Este comentário foi removido pelo autor.
E eu quase fiquei sem ler algo tão lindo. Parabéns."Ainda bem que o quase não existe"
Postar um comentário
<< Home