Lamúria popular
Ai quando eu vejo ela assim
Se achando a tal
Eu passo mal
E fico que fico
Até me emperiquito
Quase grito
E a Maria, bonita
Fica que fica
E sou eu quem paga o pato
Cada qual sabe onde lhe aperta o sapato
Fico assim a ver navios
E de lágrimas já chorei um rio
Desse jeito perco as estribeiras
De tanto tapar o sol com a peneira
Maria, maria, não vá com as outras
Não faça nosso amor nas coxas!
Pelo sim, pelo não
Dá me tua mão!
Sonho sempre com a hora
De não ganhar mais um fora
Pois a memória é de elefante
E a vida é de cão
Mas eles ladram e a caravana passa
E para bom entendedor, meia palavra basta
A situação vai de mal a pior
E pior a emenda que o soneto
Eu boto a culpa no luar da roça
Que não me deixa ser um casca grossa
Maria, maria
Desamarra e dá as caras
Por todas as razões e mais uma
Acaba com a minha amargura
Chega de chover sobre o molhado
Eu quero é casar e viver ao seu lado
Vamos pôr o carro à frente dos bois
Pra eu deixar de ser eu e virar nós dois
Ai quando eu vejo ela assim
Se achando a tal
Eu passo mal
E fico que fico
Até me emperiquito
Quase grito
E a Maria, bonita
Fica que fica
E sou eu quem paga o pato
Cada qual sabe onde lhe aperta o sapato
Fico assim a ver navios
E de lágrimas já chorei um rio
Desse jeito perco as estribeiras
De tanto tapar o sol com a peneira
Maria, maria, não vá com as outras
Não faça nosso amor nas coxas!
Pelo sim, pelo não
Dá me tua mão!
Sonho sempre com a hora
De não ganhar mais um fora
Pois a memória é de elefante
E a vida é de cão
Mas eles ladram e a caravana passa
E para bom entendedor, meia palavra basta
A situação vai de mal a pior
E pior a emenda que o soneto
Eu boto a culpa no luar da roça
Que não me deixa ser um casca grossa
Maria, maria
Desamarra e dá as caras
Por todas as razões e mais uma
Acaba com a minha amargura
Chega de chover sobre o molhado
Eu quero é casar e viver ao seu lado
Vamos pôr o carro à frente dos bois
Pra eu deixar de ser eu e virar nós dois
4 Comments:
nó q lindo!!!
ô, Lu, você foi encantada nesse. Todo mundo quer ser "dois", né?!
Acho que sim! :-)
Cada dia está melhor te ler. Não consigo entender de onde você tirou esse estilo, mistura de erudito e popular (sem ser rústica). Você passeia pela poesia de forma lúdica sem ser piegas (coisa que só os grandes conseguem). Bom demais!
Adoro expressões populares, mas dentre elas, você citou uma que sempre me intriga: "Fazer nas coxas".
Você sabe a origem?
Parece que se refere a rebentos do sexo feito com desleixo (quando o ápice acontece em partes não receptivas à vida, as coxas). Mas segundo meu pai, amante da etimologia, não é nada disso.
Segundo ele, a expressão é originária das antigas olarias, quando a curvatura das telhas eram moldadas nas coxas dos trabalhadores. Como cada coxa tinha um diâmetro diferente, as telhas ficavam com o encaixe imperfeito. Daí se diz de tudo que é mal feito: "Isso foi feito nas coxas!"
Pensando bem, acho que tem uma certa similaridade... sexo mal feito, é feito nas coxas!
Um abraço,
Kiko
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